quinta-feira, 8 de novembro de 2012

IDEIAS INICIAIS



Tenho andado muito saudosa das histórias que eu ouvia, dos cheiros, dos barulhos, dos encantos dos cantos escondidos, nos armários e gavetas das casa dos meus avós.



A vontade de escrever um livro, um romance sobre as minhas memórias e ricas de tantos personagens veio com força total quando a Caixa de Pandora chegou. É que sou artista plástica e arte educadora, tenho mania de criar desconstruindo coisas, este projeto é para um Museu Brasileiro, o MUBE, mas a explicação do que é todo este projeto fica para uma outra ocasião, ou você pode ir ao blog: Caixa de Pandora no MUBE e entender o que vai acontecer por lá...



Balaio de vidas


Vou trazer recortes das minhas memórias e colocar dentro de um cesto, colocar sobre a mesa, acender a vela, e para a cada pedaço de papel que eu ler, sentir seu cheiro, sua textura, deixar que a lembrança ou a imaginação conduza a história e a fantasia do momento vivido ou imaginado nos países que estes personagens viveram, amaram, lutaram e sonharam um dia com outros momentos aqui no Brasil.

Gostou??? Perguntei eu à Cecília. (E esse "a" leva crase?) - Dúvidas como esta, poderão ser discutidas aqui... Estou construindo esse blog também como uma ferramenta para estudar a língua portuguesa, um espaço de leitura interativo... Mas voltando... Ela me respondeu: Acho ótima, pq (abrev. de porque pelo bate papo do Facebook) o que se vê em termos de blog com intuito criativo e que possa ser usado em sala de aulas, por exemplo, é muito fraco sem criatividade... Uma ex-aluna me enviou um material de uma editora, pra (abrev. novamente) livros didáticos, perguntando se queria fazer um trabalho semelhante. Qdo fui ver, é muito chato!!!!! E não tem margem pra criar é aquele quadradinho mesmo... Vá à criação!!!! (Cecília é uma amiga e professora de português) bjs

E eu fui... Criei coragem e estou aqui escrevendo as primeiras linhas deste livro blog, e desde então, nesta viagem didática não estarei sozinha, carrego além das minhas memórias mortas e vivas, meus personagens próprios que vão permear muitas das histórias aqui contadas e quem vai ajudar a virar as páginas deste livro são vocês, leitores, esse espaço é para sentar juntos, olhar e ler os esboços das palavras, discutir e elaborar melhor a escrita, em grupo ou mesmo sozinho, na revisão dos textos e colocação das idéias.

Temos a ideia de comentar abaixo dos textos escritos, colocando nossas posições para melhorar a estrutura e o entendimento da construção literária, por isso não se assuste se estiver se percebendo como espectador de nossa conversa. Este momento deve ser gostoso, como o cheiro do café que está sendo coado e do bolo de milho que já, já, sai do forno.

Um desafio literário virtual e educativo (espero que dê muito certo). Teremos algumas abas (páginas) na parte superior no início do blog, que vão servir como um índice, um novo recurso do Blogger que aprendi a usar agora. Uma destas páginas só para discussão, questões maiores para não desviar muito a leitura da história também, se não, vou perder o foco (o que já não é muito difícil).

Sejam muito bem vindos! 

Sou Titina Corso, artista plástica, arte educadora, pedagoga, escritora (sempre escrevi poesias, com algumas premiadas e publicadas, artigos em jornais e revistas, mas este é meu primeiro livro), ah! também sou conservadora e restauradora de arte, gosto das memórias que as coisas nos trazem e nos envolvem, vou ali pegar umas fotos e um dicionário. Já volto! 

Pode entrar que aqui a casa é sua!




E nas mãos tenho a foto antiga da minha avó paterna, Carolina, 44 anos... Quero pintar essa mulher com a idade que não a conheci, envelhecer minha memória até que eu ainda a reconheça... E pintei... Aí está ela...


E Carolina ficou assim...

Assim minhas memórias são reativadas em vários trabalhos que construo. Essa foi uma obra de pintura importante que já viajou para as terras de origens dos meus antepassados. E traz o cheiro da renda negra dobrada e guardada em uma de suas gavetas...

Aqui fica a minha reverência aos vários personagens que existiram, que foram imaginados e não existiriam sem a minha memória destas vidas. 

Segura aqui este balaio, mas não mexe nos papéis até eu voltar! Curioso(a)!? Tá legal, eu deixo você olhar o que tem escrito aí, tá vendo esta foto? Reconhece alguém? É você? Incrível!!! Tente escrever um momento da sua história, é lindo recordar e uma excelente forma de se exercitar na escrita.



Nos próximos capítulos vou viver minha história, uma maneira de me revisitar e me reencontrar...
Boralá, você vai encontrar abas com os capítulos, sejam bem-vindos à minha memória!